terça-feira, 16 de novembro de 2010

Automática x Humana

   Comentário de um artigo publicado na Revista Língua por Edgard Murano.

   A era dos erros grosseiros de tradutores automáticos pode estar com os dias contados. Tudo porque as mais modernas ferramentas informáticas chegaram com uma grande novidade: a ser humano. Preocupado com as imperfeições constantes dos sistemas eletrônicos de tradução, o mercado começa a oferecer opções interativas para que o homem corrija as versões fornecidas pela máquina.
Bases de dados com verões em português de textos estrangeiros estão permitindo a adaptação de trechos pelo sentido do raciocínio expresso em um seguimento do texto, e não o seguimento do texto, e não o significado por palavra, como quem consulta um dicionário.
   Lançado em 2006 com apenas três línguas(inglês, chinês e árabe),o tradutor do Google teve sua capacidade ampliada este ano para 52 idiomas, entre eles o português.O destaque da ferramenta, no entanto, é que as imperfeições no primeiro processo podem ser corrigidos pelo próprio internauta no segundo.O tradutor humano agiria como um supervisor do trabalho feito pelo autômato.
A intervenção humana, sobretudo a de tradutores, pode evitar que falhas significativas ocorram quando se deixa esses mecanismos trabalharem por conta própria, sem supervisão.
   A internet e a informática tornaram mais fáceis o desafio de superar um texto em outro idioma e há casos em que a tradução automática se revela um signo de civilidade. Quando o Haiti foi devastado pelo terremoto de janeiro, equipes de busca chegaram á ilha falando várias línguas, menos o crioulo haitiano. Se tivessem de esperar a chegada de interpretes, muito mais pessoas teriam morrido.
Mesmo com o avanço do Google, a versão dada pela tradução automática está longe de substituir a humana.

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